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Canonização do Padre Anchieta

Bom, como vimos recentemente o Papa Francisco canonizou José de Anchieta (Padre Anchieta), sendo então, conhecido como Apóstolo do Brasil. Veremos agora um pouco de sua historia e os motivos e ações que deram a ele este “titulo”:




Nascido nas Ilhas Canárias, arquipélago que pertence à Espanha, Anchieta ingressou aos 17 anos na Companhia de Jesus, congregação religiosa fundada no século 16 e que ficou responsável pelo processo de evangelização da América Latina. Acredita-se que Padre Anchieta chegou ao Brasil com 19 anos, ansioso, para trabalhar com indígenas. Em 1554, participou da fundação de São Paulo.
Como foi trabalhar com os índios da época, os tupiniquins, logo aprendeu o idioma dos mesmos, o tupi, com as crianças da região. Com isso conseguiu escrever os livro “Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil”, que ajudava outros religiosos a entender a língua indígena durante o processo de catequização do Brasil-Colônia.
Ao longo de sua vida ficou conhecido pela característica de conciliador. Teve papel fundamental durante o conflito entre os índios Tamoios (ou tupinambás) e os tupiniquins, denominado Confederação dos Tamoios, que, segundo Carla, ocorreu entre 1563 e 1564.
Na época, os Tamoios, apoiados pelos franceses, se rebelaram contra os tupiniquins, que recebiam suporte dos portugueses. Para apaziguar os ânimos, Anchieta se ofereceu para ficar de refém com os tamoios na aldeia de Iperoig, enquanto outro jesuíta, o padre Manoel da Nóbrega, seguiu para o litoral de São Paulo para negociar a paz.
Enquanto esteve “preso”, sua devoção à Virgem Maria o fez escrever na areia a obra “Poema à Virgem”, com quase cinco mil versos.

Seu processo de canonização começou a ocorrer em 1980, pelo papa João Paulo II, porem apenas  agora este titulo de santo foi lhe concebido. Mas o pedido tinha sido feito ainda no século 16, mas por culpa de mudanças no Código Canônico e conflitos que acabaram com a expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, atrasaram o processo.
Seu processo de canonização se da por que, segundo o padre Valeriano dos Santos Costa, diretor da Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, a proclamação do jesuíta espanhol como santo ocorreu por suas ações que, segundo ele, "comprovaram que sua vida foi cheia de milagres".




Nicolas Wink


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